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Channel: Comentários sobre: Cidades Literárias: Monteiro Lobato
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Por: Paula Clarice

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Eu adoro esse texto! Quando o conheci, no colégio, lembro de ter ficado muitíssimo impressionada com a imagem do “tu” fraquinho e do “você” dominador que tomava o lugar do “tu” onde quer que ele fosse. Nunca tinha pensado na dimensão “cidade” do país da gramática. A questão da segregação foi abordada pelas outras comentaristas na questão humana (a mais forte mesmo), então vou oferecer a minha contribuição puxando um outro pedacinho da pergunta que você nos fez: as coisas que segregamos porque “já deram ou que tinham que dar” ou porque “nunca serviram mesmo, são feios, sujos cafonas”. Bem, o lixo. O lixo mesmo, o lixão. Ele não fica (nem podia) no centro da cidade, mas lendo os outros comentários me ocorreu que existem muitas pessoas que moram nas proximidades dos depósitos de lixo, até mesmo vivendo dele. É extremamente ‘desconfortável’ em pensar no cotidiano dessas pessoas, na não-cidadania deles, na relação simbiótica com o que é rejeitado pela cidade, sendo eles mesmos objeto da mesma (o que é pior é que é a mesma) rejeição.
***
Aliás, a gente fala “as pessoas”, “a cidade” e eu me lembro de um professor que dizia “as pessoas quem? nós, meus filhos! digam ‘nós fazemos’ e nao ‘as pessoas fazem’ porque a culpa é toda nossa mesmo”.

Gostei desse seu professor aí. A gente fala mesmo “as pessoas”, tirando o corpo fora.
Sobre as pessoas que vivem perto e do lixo, você já viu um documentário brasileiro chamado Estamira? Espetacular.


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